De todas as mentiras que me contaste, a mais bonita é aquela em que
dizes que não consegues viver sem mim. Nela deste-me o valor que eu achava que
não tinha, a importância que de mim mesma escondia e a vontade de ser sempre
mais para ti. De todas as promessas que me fizeste, a mais memorável é aquela
em que falavas sobre os inúmeros lugares que iríamos conhecer juntos, sobre as
comidas novas que iríamos experimentar, e até experimentamos... Lembras-te de
quando me levaste para aquele restaurante japonês e assististe-me em
gargalhadas a fazer caretas enquanto provava o tal sushi que tu tanto amavas?
Tu, meu querido ex-amor, foste o mal mais necessário que alguma vez me
aconteceu.
Acreditando nas tuas mentiras percebi que quando ditas com convicção as
palavras são capazes de mover montanhas, partir ou até mesmo concertar
corações.
Por isso te agradeço por me fazeres descobrir um lado de mim que andava
escondido, por me mostrares que nenhum amor é válido quando vem do calor de
dois corpos excitados e nenhuma promessa é credível quando nasce no auge da
emoção. Foi contigo, querido ex-amor, que descobri que antes de desejar
conhecer qualquer lugar neste imenso mundo, devo conhecer a mim mesma e
mergulhar neste cosmos que é a minha alma. Não é em França, Alemanha ou na
Inglaterra que serei feliz, não são promessas que concertam um amor
fragmentado.
A ti, querido ex-amor, agradeço por me teres mostrado que amores rasos
não elevam a alma... e que eu? Ah! Eu nasci para voar, pois eu tenho asas do
tamanho do mundo!
Incrível
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