Há um crescente número de pessoas solteiras, de todas as condições
sociais e financeiras possíveis que a cada dia perdem um pouco mais a esperança
de encontrar um parceiro para um relacionamento estável e duradouro. Note que
não usei a palavra parceiro ideal. A escolha de palavras se deve justamente
pela dificuldade envolvida em se relacionar nos dias de hoje, se um companheiro
“aceitável” já está difícil, talvez seja o momento de limitar nossa utopia a
outros setores da vida.
Conheço muitas mulheres e garotas ótimas que me surpreendem por estarem
solteiras ou em relacionamentos ruins e tristes, onde me relatam elas, são
submetidas a constantes mostras de machismo e repressão de quem são. Escuto
esses desabafos com um certo pesar e me pergunto onde fomos todos parar, e em
que momento deixamos de ser amáveis, no sentido expresso de sermos possíveis de
amar. Que erros tantos são esses que estamos cometendo que nos fardam a passar
dias a procura de qualidades e características que beiram a fantasia? Que personagem é esse que idealizamos e
esperamos que o outro interprete? O que ambos os sexos podem esperar uns dos
outros, já que hoje os papéis não são tão bem definidos num casal como a vinte
anos atrás? Essa ambivalência foi boa ou ruim?
Como grande entusiasta e observadora do amor e as formas de amar, reflito
muito sobre o peso e consequências da mídia sobre a evolução do amor enquanto
sentimento e quase comportamento social, e digo isso pois leio com frequência
relatos de brasileiras que casaram-se com estrangeiros e os contrastes entre as
maneiras de expressar e demonstrar o amor, sendo assim pode-se concluir que há
maneiras e maneiras de vivenciar e perceber o amor e o casamento. Partindo
desse príncipio, quero acreditar que “aprendemos” a amar de acordo com o meio
em que vivemos, com as imagens que vemos, músicas que escutamos e exemplos
próximos ao nosso redor.
Você deve estar se perguntando onde quero chegar e eu lhes digo:
Acredito que temos salvação, basta pararmos e analisarmos o quanto de amor
verdadeiro, carinho, cuidado e conforto estamos dando e recebendo quando
estamos envolvidos com alguém e se estamos nos comportando de acordo com o que
esperamos do próximo. Mas o que é o amor verdadeiro? Essa é uma pergunta para
outro dia, e talvez nunca tenhamos uma resposta que sirva para toda a
humanidade nos quatro cantos do globo, mas vamos resumir assim: O que é o amor
para você?
Autora: Laine Ferreira
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