Quero
te fazer uma proposta, não sei se é boa, a minha única certeza é que eu
quero (e como quero) que você aceite, então sem mais delongas vou falar. Só me
promete que não vai rir... Vem morar no meu diário!
Estou falando sério! Quero você derramado em
cada linha, página e letra dos meus rascunhos. Vem ser o coadjuvante na minha
história, estou a guardar essa vaga tem um tempão, fiz testes com outros
candidatos, mas era você que eu estava a esperar, assim que te vi sabia que era
aqui o teu lugar, dentro do meu coração. Seria tão bom anotar aqui neste
caderninho que até a rotina com você tem gosto de aventura, que sinto falta de
todas as banalidades e bobagens que fazemos juntos, porque até agora o coitado
só ouve falar de idas e voltas do trabalho, cansaço e tédio. Joga um pouco
dessas cores todas que moram na tua íris aqui sobre o meu diário, só você mesmo
para colorir tanto só de existir.
Eu até te daria o papel principal, mas diz
nas letras miúdas das cláusulas da vida que cada um tem que ser protagonista da
própria jornada, mas te garanto que depois que conhecer o script que tenho no
peito você vai amar cada parte, e conhecendo o seu talento e potencial estou
aberta a todas suas sugestões, terás total liberdade de atuar conforme achar
melhor, podemos rabiscar e rasurar tudo que não estiver a funcionar e eu adoraria
mudar todos os planos e reescrever tudo contigo. Além de personagem coadjuvante
te ofereço também o cargo de co-autor vitalício com direito a ser co-redator,
se precisar editamos o que der errado, ou nem corrigimos nada porque o bonito
mesmo é ir se misturando um ao outro no dia-a-dia e rir lá na frente das falhas
e trapalhadas, é só colocar como making of, será sucesso garantido nas reuniões
de família.
Tinha esquecido de dizer... Tem uns filhos
bonitos com a cor dos seus olhos e minha pele cor de chocolate escalados para
entrar na história, mas temos muitas folhas em branco para preencher antes de
começarmos a escrevermos sobre eles. Essa parte será meio no improviso porque
nenhum de nós tem experiência nessa temática. Quero os atores mirins sendo eles
mesmos e se deixando levar pela própria personalidade, bem descontraídos e sem
pressão para serem como idealizei o personagem.
E aí? Você aceita?
Autora: Layne Ferreira
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