A arte, no decorrer da história da humanidade, já
desempenhou vários papeis; e na dinâmica das construções das sociedades, ela
vai se adaptando às circunstâncias moldando-se segundo a visão de quem a
produz, do local onde se produz e para quem se produz.
À luz disso, pode-se compreender as manifestações
artísticas como um produto dos ingredientes acima citados. O que fica ainda
nublado é a consciência dos artistas em torno do que podem contribuir: se
aproveitam o potencial de criação que possuem para dar um passo em frente ou
são mais algumas folhas ao redemoinho das influências sociais. Entre
influenciados a agentes de influência – não numa perspetiva coercitiva, mas
como tochas acesas que clareiam ideias – reside uma esperança moribunda de quem
se vê, de repente, sem a capacidade de sentir, de se desfazer dos dogmas
existenciais, de se divertir, enfim, de contemplar os porquês da vida.
Assim, na óptica de quem consome a arte, não interessa
muito as técnicas usadas, os certificados de qualificação, a erudição estéril –
como diria Schopenhauer; Interessa mais para quem a técnica, a qualificação e a
erudição servem.
Por outro lado, seguindo a mesma linhagem de
abordagem, deveria importar menos, para os artistas, as congratulações, as
honras, o legado, compreendendo que não há maior honra que tocar as pessoas.
Autor: Isis Hembe
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